segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Disfunção Articular - BRUXISMO

         A disfunção articular pode ser definida pela falta de harmonia entre as arcadas superior e inferior, provocando uma série de sintomas musculares dolorosos na região da cabeça e do pescoço. Muito comum atualmente, o Bruxismo é uma disfunção ou parafunção da articulação mandibular que na maioria das vezes é desencadeado pelo stress ou ansiedade do cotidiano e ocorre principalmente durante o sono.
         O fato do bruxismo ser um ato involuntário e acontecer durante um momento em que a pessoa não tem como percebê-lo, seu diagnóstico fica difícil. O que nos ajuda a descobrir o problema são os sinais clínicos da doença, que são pricipalmente:  - Trinca ou desgaste no esmalte dos dentes da frente.
                                                     -  Dores de cabeça na região lateral.
                                                     -  Dores ou espasmos musculares na região de cabeça e do  pescoço.
                                                     -  Estalo ou zumbido no ouvido.

Abaixo, uma foto mostrando o desgaste nos dentes da frente:





A sequencia correta para confecção de placa miorelaxante\estabilizadora está demonstrada abaixo:


 Ao lado, paciente do sexo feminino, jovem e com os sintomas de difunção articular. Neste caso em particular, ela tem o que chamamos de Bruxismo cêntrico : aperta os dentes mas não range, e o tratamento é o  mesmo: estabilizar a articulação e proteger os dentes usando uma placa miorelaxante.

 O primeiro passo é a obtenção dos modelos de gesso dos dentes da paciente. Em seguida, estes modelos são montados em um articulador semi ajustável, este aparelho permite que tenhamos a reprodução dos movimentos de abertura e fechamento associados aos movimentos laterais da mandíbula. Tudo isto para que tenhamos uma réplica da oclusão (engrenamento) dos dentes.

 Aqui, verificamos os movimentos laterais para checar a existência de contatos prematuros ou interferência de algum dente. Se necessário,  deverá ser feito um ajuste ocusal, em boca, através de desgaste seletivo.

Nestas duas fotos abaixo, vemos o enceramento da placa sendo realizado nos modelos.

 



Aqui,  podemos observar o enceramento da placa mostrando a distribuição uniforme dos contatos dentais.





A placa em cera é encaminhada para o laboratório onde o técnico "transforma" a cera em acrílico. A placa é rígida, lisa e transparente ,  feita em resina acrílica termopolimerizável.


Acima, placa sendo conferida no articulador e abaixo,  ajuste na boca. 


 
Acima,  (foto maior) observa-se  a placa em posição , estabilizando a mordida. Na foto menor ,  a paciente está  fazendo o movimento lateral com a "desoclusão" em canino (preferível). Abaixo, mostrando que a placa não recobre nada do palato (céu da boca),  ela fica mais confortável.








  


Utilidade quase pública

Os dois primeiros vídeos acima mostram a forma correta de utilização do fio dental. Ele entra suavemente no sulco gengival para remoção da placa bacteriana que ali se encontra.
Gastando fio dental e um pouco de tempo você economiza bastante com tratamento.